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28 países - PCC já é multinacional
Publicado em 25/06/2025 18:35
Cidadania

Por Karina Michelin

Enquanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) expande sua atuação para 28 países e se infiltra em presídios no exterior para recrutar membros, o regime brasileiro, sob Lula da Silva, continua se recusando a reconhecer a facção como grupo terrorista - mesmo diante de evidências de sua atuação global e alianças com máfias internacionais.

O novo relatório do Ministério Público de São Paulo, divulgado nesta semana, é alarmante: o PCC já controla rotas internacionais de drogas, armas e lavagem de dinheiro, com presença operacional em quatro continentes.

A facção estabelece bases em prisões estrangeiras, onde alicia e doutrina detentos, utilizando as cadeias como centros de comando e recrutamento internacional.

Em vez de enfrentar esse poder com o rigor necessário, Lula nega sistematicamente qualquer iniciativa que classifique o PCC como entidade terrorista, blindando juridicamente a facção da aplicação de instrumentos legais mais duros, como a Lei Antiterrorismo (13.260/2016).

O resultado é um vácuo estratégico que favorece a expansão da facção, inclusive em países como Portugal, Espanha, Itália, EUA e Paraguai.

A omissão do Estado brasileiro começa a ser vista como conivência institucionalizada, sobretudo após autoridades portuguesas e italianas denunciarem o avanço da facção nas rotas transatlânticas de cocaína e nos esquemas de cooperação com a máfia calabresa ‘Ndrangheta.

Mais alarmante ainda é o fato que o Ministério da Justiça brasileiro não colabora ativamente com iniciativas estrangeiras de repressão coordenada, e as ações contra o tráfico internacional permanecem limitadas a operações pontuais.

A omissão em classificar o PCC como terrorista impede, inclusive, o acionamento de tratados internacionais mais robustos de combate ao crime organizado transnacional.

Diante da recusa ideológica do regime em enfrentar com firmeza o maior cartel da América Latina, o Brasil corre o risco de ser reconhecido internacionalmente como epicentro de uma rede criminosa global - e não como parte da solução.

Enquanto isso, o PCC agradece. E avança.

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